quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Dia 26/12 - Dia 1

Dia de zarpar!
Acordamos por volta das 7h00, tomamos um café reforçado e ansioso, amarramos os caiaques sobre o carro, colocamos a bagagem toda no porta malas e seguimos para a praia do Bairro de São Francisco, acompanhados da Néia, que até o último momento repetia: "Vocês têm certeza mesmo?". Escolhemos a frente do convento pra saída. Arrumamos tudo sobre os caiaques, preparamos as câmeras, posicionamos o que devia ir sobre o convés, e estávamos prontos pra iniciar a jornada.

 Prontos para zarpar!

Despedindo!

O plano do dia era tentar chegar até o Bonete. Zarpamos às 9h45 e atravessamos o canal em linha reta, em direção à Vila. Paramos no meio, próximo do farol, pra descansar, e pra sentir as condições. Notamos que o vento estava entrando de sul, junto com a maré. Talvez uma ida pelo sul seria bem complicada. Meu pai decidiu então que iríamos pelo norte, e,assim, nosso roteiro estava todo mudado, isso nas primeiras horas de remada! Contudo, já havíamos estudado essa possibilidade, e, agora, nosso primeiro objetivo passava ser alcançar a Praia do Poço, no norte da Ilha. Chegamos até a Vila às 11h25 e iniciamos a sua circunavegação.

 Deixando São Sebá...

 No meio do canal

 O farol da mudança de planos

Aproximando da Vila

Passamos pelas praias do norte, todas bastante cheias. Muita gente fazendo SUP, de caiaque, mergulhando... Pudera, o sol estava brilhando com bastante vontade. Viana, Sino, Armação, todas foram ficando pra trás. Alguns curiosos perguntavam onde estávamos indo e, diante do esclarecimento, as exclamações iam de "vocês são loucos" até "boa sorte". Passamos o farol da Ponta das Canas e, às 13h40, chegávamos à Praia da Pacuíba, pra fazer nossa primeira parada.

Paradinha pra descanso e lanche

Descanso

Farol da Ponta das Canas

Últimos momentos com vista do continente...

Chegando na Pacuíba

A praia estava bem movimentada. Comemos algo rápido, tomamos banho na bica que tem na praia e aproveitei pra fazer um mergulho - a água estava bem clara.

Mergulho na Pacuíba 

Pacuíba abaixo da linha d'água 

 Pindás na Pacuíba. Mais adiante eu teria um encontro mais intenso comum deles...

O Capitão se preparando pra zarpar - Pacuíba

Às 15h20 deixamos a Pacuíba e recomeçamos a remada. Ao virar a ponta da praia, um vento vindo de nordeste nos pegou de calças na mão. E esse vento seria nosso acompanhante pelo resto do dia. Remando contra o vento, passamos as praias do Jabaquara e da Fome, dando tchau de longe. Quando alcançamos a baía da Pra do Poço, a surpresa: não havia praia! Algo estranho acontecia. Será que eu tinha errado a baía? Seria na próxima? Resolvemos entrar e, aproximando mais,, foi possível observar que havia uma barreira de rochas escondendo a praia, que era totalmente virada para o leste. Havia um barco soltando uma rede, e com os pescadores confirmamos a suspeita. Ufa!

Deixando a Pacuíba 

Praia do Jabaquara 

 Costões, um mais belo que o outro.

Praia da Fome 

Primeira vista de Búzios (mais perto) e Vitória 

Chegando na Praia do Poço

Chegando na praia, às 18h30, puxamos os caiaques e escolhemos o local mais alto pra armar as barracas. Os borrachudos já nos colonizavam. Há uma casa na praia, com dois viralatas de guarda - que prontamentoenos recepcionaram. Tomamos nosso banho no rio que forma o poço que dá nome à praia e começamos o preparo do jantar. Cardápio de hoje: risoto de frango com macarrão instantâneo ao molho branco. No meio do jantar alguém se aproxima com uma lanterna - é o sr. Luís, caiçara caseiro da tal casa. Disse que pertence a um estrangeiro,dono de uma empresa. Jantamos e nos preparamos pra dormir. A noite estava gostosa, com o céu encoberto. Guardamos as coisas pros cachorros não pegarem, e boa noite.

O Poço da Praia do Poço 

Chegando no Poço 

Um refresco pros pés, ligeiramente queimados do sol 

O acampamento instalado 

A cachoeirinha da Praia do Poço

Banho tomado! 

Os vigias 

A bóia. Misteriosamente, não havia pedras de tamanho médio na praia para fazermos o fogão.

Jantar na escuridão!

No meio da noite acordei com um clarão. Era a lua, que, mesmo minguante, clareava toda a praia. Botei a cabeça pra fora da barraca, e o céu estava totalmente aberto, cravejado de estrelas. Um belo presente.

Hoje remamos durante pouco mais de 7 horas, em um percurso de 22,6 km. Velocidade média de 3,3 km/h (contando as paradas pra descanso no próprio caiaque). Da Pacuíba ao Poço a velocidade foi de 2,7 km/h, devido ao vento contra.
Foi um ótimo dia de remada. Doem, principalmente, mãos, costas, lombar e nádegas. Mas nada que uma noite de sono sobre a areia não cure.


Nenhum comentário:

Postar um comentário